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o [i]nteressante blogue da biblioteca da EBI de Arrifes
8 de novembro de 2012
7 de novembro de 2012
Plano Regional de Leitura – “Um livro das nossas ilhas”
Nesta atividade pretende-se promover a leitura de
escritores açoreanos, com uma votação entre os livros selecionados. Numa
primeira abordagem foram escolhidos quatro livros de grandes escritores.
Cristóvão de Aguiar
Cristóvão de Aguiar nasceu no Pico da Pedra, Ilha de São Miguel, em 8 de Setembro de 1940. Aí fez os seus estudos elementares, na Escola de Ensino Primário da freguesia do Pico da Pedra. Depois de concluir os estudos secundários em Ponta Delgada, parte para Coimbra, onde ingressa no Curso de Filologia Germânica da Faculdade de Letras da sua Universidade. Em Janeiro de 1964, interrompe o curso universitário por ter sido mobilizado para a guerra colonial. Quando regressa da Guiné, consegue concluir as cadeiras do Curso de Filologia Germânica, indo de imediato leccionar para a então Escola Comercial e Industrial de Leiria. Aí permanece um ano e meio, regressando a Coimbra para escrever a sua tese de licenciatura. Depois do 25 de Abril, colaborou na então Emissora Nacional com a rubrica semanal “Revista da Imprensa Regional” (1974-1975), que suscitou muita polémica e alarido nos meios eclesiásticos e reaccionários da época. De 1972 até 2002 foi Reitor de Língua Inglesa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Raiz Comovida – Trilogia
Romanesca, de Cristóvão de Aguiar, começou a ser publicada há 25 anos –
iniciou-se com A Semente e a Seiva (1978), e continuou-se com Vindima de Fogo
(1979) e O Fruto e o Sonho (1981), para aparecer finalmente, num único volume
(pela Editorial Caminho, 1987). Temos agora uma nova edição desta obra
(Publicações Dom Quixote, 2003), que resulta de um profundo trabalho de revisão
e de remodelação da edição anterior – de tal modo que, por vezes, temos a
impressão de estarmos não perante uma edição revista de uma obra anteriormente
publicada, mas sim perante uma obra nova e escrita de raiz.
Lúcia Gomes
Onésimo Teotónio Almeida
Onésimo Teotónio Almeida nasceu no Pico da Pedra, S. Miguel, Açores, no dia 18 de Dezembro de 1946. Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University, Providence, Rhode Island, EUA, de que foi director de 1991-2003. Lecciona na Brown desde 1975. Doutorado em Filosofia pela Brown University (1980), é Fellow do Wayland Collegium for Liberal Learning, um Instituto de Estudos Interdisciplinares na Brown University, onde lecciona uma cadeira sobre Valores e Mundividências. Exímio conhecedor da comunidade lusófona existente na costa leste dos Estados Unidos, Onésimo Teotónio Almeida publicou, em 1978, uma obra dramática composta por curtas peças de um acto, que foca os efeitos da emigração.
Ah! Mònim dum Corisco!...contém histórias simples, unificadas por um mesmo tema, vividas por seres que se debatem consigo próprios, com um mundo desconhecido, com uma língua diferente, com novos valores e normas de comportamento, com condições de trabalho adversas, com vista a uma adaptação ao espaço controverso e complexo da L(USA)lândia.
Ah! Mònim dum Corisco!...contém histórias simples, unificadas por um mesmo tema, vividas por seres que se debatem consigo próprios, com um mundo desconhecido, com uma língua diferente, com novos valores e normas de comportamento, com condições de trabalho adversas, com vista a uma adaptação ao espaço controverso e complexo da L(USA)lândia.
Lúcia Gomes
Manuel Ferreira
Manuel Ferreira, jornalista e
escritor português, nasceu em Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel, Açores, a
29 de Janeiro de 1916 . Além de jornalista, destacou-se também como
ficcionista, biógrafo e historiador.
Após concluir o Curso Geral dos
Liceus, Manuel Ferreira começou a trabalhar como funcionário dos Serviços
Municipalizados de Abastecimento de Água da Câmara Municipal de Ponta Delgada,
chegando a chefe daqueles serviços.
Além do seu
trabalho como funcionário público, dirigia também uma exploração agropecuária,
que orientou durante mais de quarenta anos. Apesar dessas ocupações, começou
também a trabalhar simultaneamente, a tempo parcial, como jornalista. Em 1937,
com apenas 21 anos, começou a sua carreira jornalística como redator do Correio
dos Açores. Após três anos, já era chefe de redação daquele jornal, onde ficou
até 1943.
Anos mais tarde
voltou novamente ao jornalismo, tendo passado primeiro três anos pelo Açoriano
Oriental, como chefe de redação. Depois, de 1964 até 1975, esteve também na
chefia do Correio dos Açores.
A partir da
segunda metade dos anos 70, quando deixou de ser funcionário e jornalista
profissional, dedicou-se inteiramente à escrita e à investigação, embora
continuasse a colaborar no Açoriano Oriental.
O conto O Barco e o Sonho, publicado em 1979 pela editora Publiçor, com sucessivas reedições, constitui a sua primeira obra de ficcionista. O realizador José Medeiros, da RTP-Açores, adaptou a obra para uma série televisiva com o mesmo título. Essa narrativa de Manuel Ferreira baseava-se na aventura de dois açorianos, Victor Manuel Caetano e Evaristo Silva, relatada nos jornais açorianos dos anos 50, que conseguiram atravessar o Atlântico Norte, num pequeno barco por eles próprios construído, rumo aos Estados Unidos, destino sonhado pelos emigrantes açorianos.
Lúcia Gomes
José Dias de Melo
José Dias de
Melo nasceu na Calheta do Nesquim, ilha do Pico, a 08 de Abril de 1925, e, além
da carreira de professor primário, foi colaborador assíduo da imprensa regional
e nacional e um profundo conhecedor da temática baleeira e da emigração.
No anos 50 do
século passado, inicia o seu percurso literário, com um livro de poesia
intitulado "Toadas do Mar e da Terra", a que se seguiram outros, com
destaque para o seu best-seller "Pedras Negras", que foi publicado,
pela primeira vez, em 1964.
Em
reconhecimento do contributo do escritor para o panorama literário português, o então Presidente da República, Mário Soares, condecorou-o com a Ordem do Infante, e
também foi homenageado pelas Lajes do Pico com o título de Cidadão Honorário do
concelho.
Recentemente, o escritor foi homenageado pelo Governo Regional dos Açores com o lançamento de uma nova
edição da trilogia das obras do autor - "Pedras Negras", "Mar
Rubro" e "Mar P'la Proa".
Lúcia Gomes
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